domingo, 6 de fevereiro de 2011

Casa de vidro em reality sem transparência



Instalada em um shopping, a Casa de Vidro do BBB11 tem sido divulgada e vendida como algo excitante e que vai causar reviravoltas na casa. Talvez uma imensa massa, que assiste apenas as edições (dignas de premiação) da TV aberta até engula essa, mas para veteranos de BBB versão ppv fica ainda mais evidente que o buraco é bem mais embaixo. Explico.
Iniciada a atual edição, Pedro Bial anunciou a grande novidade: a figura do impostor. O público elegeu dois impostores. O primeiro, o galã "samambaico" Rodrigão (única pessoa sem conteúdo que tem a sabedoria de calar-se quase o tempo todo) deixou dúvidas se havia cumprido o papel. O segundo, o histriônico, hiperativo e hiper-chato Diogo atrapalhou-se e  foi desvendado. Nunca ficou claro, além de um suposto prêmio de dez mil reais para o impostor, o que o participante ou lado que revelasse a fraude e seu ator ganhariam. Obviamente, esquema furou pois ao ser revelado, Diogo contou absolutamente todas as instruções para os demais e o que não foi contado foi deduzido pelos mais espertos. Uma das principais brincadeiras e fonte extra de arrecadação durante toda a atração naufragou.
Mais uma surpresa, agora no elenco: Ariadna, a primeira transsexual na casa do BBB.  Declarando-se ex-garota de programa internacional (e nacional também) e aparentemente desprovida de superego, Ariadna era uma participante polêmica, vulgar, desbocada e muito engraçada. Não foi surpresa vê-la eliminada na primeira semana, sem chance de render o que poderia ter rendido para audiência. Mais uma naufrágio...
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Quando tudo mais falhar, destrua o formato do programa e seu princípio básico: o confinamento.
Então surgiu a casa de vidro. Foi assim em outros momentos e está sendo assim agora com excluídos da atual edição. Tudo indica que Maurício (o cantor ecológico que ficou com Maria) retornará à casa. Enquanto fora, todos tiveram contato com tudo e sabem de tudo.  Idem aos recém chegados (e orientados pela produção) Wesley e Adriana (aliás, quem é essa Adriana que nem balbucia direito?)

A Casa de Vidro é um absurdo: todo o público que pagou e investiu em votações para excluir participantes vê a decisão popular indo descarga abaixo... Certa ou não, já foi. Paredão feito, defuntos chorados...Agora a volta de pessoas com imensa vantagem sobre o demais. Ter estado do outro lado tem muitos simbolismos, todos muito poderosos.

Nunca vi BBB com maior descaso com audiência. Ou produção mais relaxada. As festas dão desgosto...
Talvez a Globo tenha gasto toda a verba numa equipe de criação que só conseguiu pensar em copiar o impostor, big fone e quarto branco de outros BBBs gringos. Daí, cadê verba pra investir em festa decentes? Ano passado a decadência se anunciava com a presença de uma banda de baile de formatura nas festas. Vergonha alheia com misto de compaixão pelos músicos tiozinhos.  Onde foram parar as festas dignas de novela da edição de Alemão e Siri? Figurinos lindos, de qualidade. Shows foram muitos, inclusive internacional. Saudade. Boas risadas...Agora o som das festas é um arquivo horroroso de músicas chatas no shuffle em looping. Na última festa, uma Paulinha encharcada de vodka e tomada pela péssima energia da música gritava: "DJ, vai tomá no c*!" Tomou advertência e perdeu estalecas, mas a participante só verbalizou o que as caras dos demais já diziam.

Paula, transbordando alegria com as músicas das festas
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A edição atual tem alguns detaques positivos que me divertem bastante (inteligência, senso de humor, papo bom, nonsense, beleza no conjunto da obra): Daniel, Diana, Lucival e Maria. 
Eterna dúvida: quem é o parente de Rodrigão influente na Globo? Só isso justificaria sua inclusão no BBB. Rapazes tão ou mais bonitos quanto e com algum charme e bom papo há aos montes por aí.


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