sábado, 10 de dezembro de 2011

Clarice Lispector - uma necessidade

Uma pessoa que amava animais = parte de sua capacida de amar

Curiosamente, Clarice Lispector nasceu em um dia 10 de dezembro (1925) e faleceu em um dia 09 de outro (1977). 
Acompanho hoje, no Facebook, uma espécie de fragmentação, de mutilação e desmembramento de sua obra, que foi trasformada em vários aplicativos nos quais é possivel acessar trechos de sua obra e fala (mesmo fenômeno crescente com Caio Fernando Abreu).
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Lamento, por um lado, essa superficialidade de tratamento e uso de sua preciosa (e sagrada para mim) obra. Tenho uma vã esperança, que apenas um dos muitos jovens frequentadores sinta-se instigado o suficiente para ler um título inteiro, quer seja na versão pra download ou no velho e bom livro completo. Sou uma otimista incurável. Minha lamentação vem do fato inegável de que há a necessidade de instrospecção, reflexão e um mergulho (muita vezes doloroso) em textos que despertam partes do leitor, que ele mesmo desconhecia. Apropriar-se desse conhecimento é nunca mais ser o mesmo (e é preciso coragem para isso), porém uma parte de um processo de aceleração da busca por si mesmo e sua melhor versão. Um livro de Clarice requer coragem e capacidade de ser ver e assumir-se frente a um espelho.

Meus dois favorito:s "Perto do coralçao selvagem" e "Felicidade Clandestina".
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Clarice, meus caros, é atemporal. Sua obra é legado para toda a humanidade. Leia um livro dela e verá um estranho fenômeno. Você o consultará, grifará, relerá alguns trechos em monetos distintos de sua vida.
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Entre muitaos ensinamentos que recebi de minha Profa. Graciema de Redação (do CLQ, Piracicaba-SP- final dos anos 80) , o mais precioso foi apresentar-me a obra de Clarice.
 

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