segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Dia de poesias




Hoje seria o aniversário de um dos escritores e poetas responsáveis pelo meu amor pelos livros, pela palavra, pelo poder das palavras. Além disso, ou talvez por esse motivo, Drummond era mineiro. Eu, que não nasci geograficamente em Minas Gerais, carrego o sangue de uma típica família mineira (com tudo que há de bom ou não nisso). Mineiros são desconfiados, de poucos e bons amigos. Amam a terra, a natureza, os bichos. Comem fruta do pé e precisam de café e pão de queijo para viverem. Não apreciam qualquer café. Sóo gourmet. Sempre que preciso de inspiração, de voltar às minhas raízes mineiras, recorro a Drummond. Se você não conhece sua obra, não pode dizer que conhece coisa alguma...
Por fruto do acaso (será?) minha melhor e eterna amiga, o melhor ser humano que conheci (entre tantos que amo) também compartilha com Drummond a data de nascimento. Ela não sabe, mas tem muito de sua poesia, de sua maneira de dizer com reticências e silêncios que eu compreendo naturalmente. Como um idioma, um dialeto, que aprendemos ainda crianças. Não vou mentir e dizer ser um idioma fácil, que qualquer um possa aprender. Mas assim como a compreensão das palavras de Drummond, minha rara amiga também não pode ser entendida pela maioria. Drummond e ela fogem ao senso comum. Café da melhor qualidade.
Minha melhor amiga nunca escreveu um poema ou poesia (não que eu saiba rs). Ao contrário de Drummond, ela nunca precisou (veja que luxo!). Quem tem a sorte de conviver com ela, sabe que sua presença, sua energia de bondade e integridade e particular senso de humor, frustram qualquer tentativa de expressá-la com palavras. Minha amiga não cabe nas palavras.
Querida, feliz aniversário. 
Você e Drummond sempre trazem a poesia à minha vida.

Pra minha amiga que ama árvores: que sua jornada tenha sempre esta vista !

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