sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Fofura da Semana (mamãe)

Estive ontem em um jantar, festa surpresa para um amigo, e comigo estavam meus pais e irmãos. Brincando com meu iphone (também sou autista de iphone) aproximei-me de minha mãe e falei: "vamos tirar uma fotinha pro meu instagram. Sua mãe sabe o que é isso? Nem a minha. Mesmo assim pegou na minha mão com sua mão sempre quentinha e sorriu, todas feliz, quase bochecha com bochecha com sua caçulinha (eu , no caso).
Aí postei no Facebook e os comentários foram previsíveis: ela é linda.

A foto do Instagram postada no Facebook. Mamãe=gata!
Minha mãe é o tipo (raro) de mulher que foi linda bebê, criança, adolescente, jovem e agora na turma mais madura (ela é 42 ... ....pois é, pasmem!), resumindo, ela foi linda a vida inteira. Mas ser bonita, sabemos, não é tudo... Ela é daqueles seres humanos naturalmente elegantes. E não é questão de grana. É daquelas mulheres que aproveitavam restos de cortes de tecido e criava figurinos dignos de Channel para os filhos.
 Ela me ensinou a pintar (de tudo!), a gostar de ler, a entender a importância da arte e do belo no cotidiano, a gostar de música, de filmes e a encapar cadernos e livros com design e exatidão. Além da leitura, partilhamos coincidentemente uma fascinação pelo mar e um deleite por redes. Minha mãe me ensinou a importância da elegância. Minha mãe é uma mulher elegante e linda. Chique. Quase aristocrática. Não nasceu em berço esplêndido; é algo que veio com ela, é dela.
Pois é. E essa fineza linda recebeu uma filha (no caso, euzinha) que é exatamente o oposto. Minha mãe é salto alto. Eu sempre serei tênis... Minha mãe é batom fulltime. Eu abomino batom porque me sinto melada (tenho dois batons e dois gloss)... Minha mãe é vestido de gala. Eu sou jeans e camiseta. Minha mãe é cabelo  sempre impecável. Eu nasci careca e ando sempre descabelada... Bem, a lista é interminável.
E é daí que vem a maior prova de elegância e beleza que uma pessoa pode dar a outra. Minha mãe não tenta me mudar. Minha mãe não me deprecia. Minha mãe vê além dos meus jeans e camisetas. Minha mãe me acha corajosa e sinto que ela admira isso em mim. Ela me pede para cortar as unhas de dois canários do meu pai, porque vê em minha a delicadeza, coragem e precisão necessárias para o procedimento. Não é lindo isso?
Ver o que eu tenho de melhor. O que há de belo em tudo. Isso sim é ser chic.

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