domingo, 23 de outubro de 2011

O Pan, as Olimpíadas, a Copa e eu

Adoro, simplesmente a-do-ro, Pan e Olimpíadas. Não dou a mínima para Copa do Mundo. Por quê? 
Talvez porque os atletas das diversas modalidades formem uma comunidade bacana e humana nas vilas em que se hospedam, porque torçam uns pelos outros, porque tenham uma vida árdua e muitas vezes nem possam viver do esporte ao qual se dedicam. É mais raça, menos dinheiro, menos holofotes, menos endeusamento.
Gostaria que todos os atletas pudessem se dedicar exclusivamente ao esporte. Mas no país do futebol, sabemos que esta não é a realidade. E talvez seja por esse motivo, por solidariedade de uma modesta professora, que não simpatizo com o mundo do futebol. É muito dinheiro, muita permissividade, muita mídia. Para mim, todos os esportes são importantes e isso não combina com a visão do brasileiro médio. Outra coisa injusta: apesar de ser um esporte coletivo, no futebol são eleitos os craques. Como se o time não contribuísse para os resultados.
Futebol que me faz torcer é portanto o feminino. Algumas meninas já jogam fora do país. O país do futebol é também o país machista, dos homens. São meninas simples, que convivem com o preconceito e que apesar de tudo, jogam bonito.
Estou achando a Copa do Mundo no Brasil um verdadeiro esquema de desvio de verbas públicas (sou paranóica ou escaldada?). Uma maquiagem grotesca num país que não investe quase nada em esporte. Não investe nem em educação, nem em saúde. Sinto vergonha de pagar tanto imposto e ver quase nada sendo revertido para a população.
Cresci praticando esporte. No meu caso foi o tênis e o basquete, apesar de jogar de tudo um pouco. Cresci aprendendo que a prática desportiva é saúde e que nos ensina muito. Quantas crianças não estão por aí, largadas, sem a mesma chance? Se tivessemos governo sério, seria muito diferente. Se tivessemos um povo que levasse as eleições mais a sério, quem sabe?
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"Cada povo tem o governo que merece"




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