segunda-feira, 11 de julho de 2011

Igualdade indesejada

Já há muito tempo, especialistas vêm chamando a atenção para o crescente número de mulheres jovens abusando de bebida alcoólica (algumas desenvolvendo inclusive o alcoolismo). Com os movimentos feministas, que lutaram por condições de igualdade entre homens e mulheres na sociedade, uma confusão parece evidente nas gerações posteriores, que já nasceram desfrutando de melhores condições na sociedade.
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A confusão é, enquanto mulher, julgar-se igual ao homem do ponto de vista físico, orgânico. A confusão é entender que hábitos como beber demais, fumar etc, anteriormente quase exclusivos da  macharada, provoquem em um organismo feminino o mesmo impacto deletério. Infelizmente, estudos revelam que o álcool, por exemplo, tem um afeta mais negativamente e em menor prazo as usuárias, quando comparadas aos usuários.
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A inserção no mercado de trabalho, a conquista de cargos de chefia, o maior número de mulheres se realizando profissionalmente e tornando-se independentes dos desmandos machistas é um tesouro valioso, negligenciado por atitudes que compromentem a saúde da mulher. Falta de informação? Mas justo na geração da internet? Crença da juventude eterna, comum na juventude? Falta de auto-estima? Ou tudo isso junto e misturado?
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Não sou puritana. E quem nunca tomou um porre na vida,que atire a primeira caneca. O problema é que nunca a juventude bebeu e se drogou TANTO, nunca se teve tamanha variedade de drogas e acesso farto ao álcool apesar da disponibilidade de rios de informação. Mas informação é diferente de formação. Educação sentimental já. Por que ninguém percebe a demanda urgente de psicólogos nas escolas e de programas que estimulem o auto desenvolvimento dessa juventude? Não é fácil ser jovem, nunca foi. Por que não fazemos nada? As escolas batalham para conseguir ensinar a ler e escrever e isso já está difícil. Sem investimento, não há resultado. Falta o básico. Mas na escola dos meus sonhos, disciplinas como "Auto cuidado", "Educação sentimental" , "Filosofia" e "Ética" figuram na grade. Nada de nota, nada de pressão. Espaços para aprender, ouvir, falar, observar, debater e ajudar o jovem a resgatar valores importantes. Nada de hipocrisia, nem moralismo. Sonhar é bom...
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Homens e mulheres serão sempre distintos organicamente. Não significa maior fragilidade feminina, apenas particularidades, também presentes na fisiologia do corpo masculino (que também não aguenta de tudo, como alguns machões insistem em crer...). Aguardo campanhas e investimentos para a saúde da mulher em especial, curiosamente esquecida num país com uma presidenta

Amy Winehouse - talento jovem ofuscado pelas drogas e álcool


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