sábado, 26 de fevereiro de 2011

O que se faz e o que se fala


Eu sou e faço o que você vê (e sou do mato!)

Coerência. Muita gente passa a vida sem nunca pensar nessa palavra, nesse conceito. Por não ter outra alternativa que não aceitar e ser eu mesma, coerência passou a integrar meu vocabulário definitivamente. Isso deve ter rolado no final da adolescência ou início da vida adulta, quando me toquei da realidade. Eu não saberia ser outra não que aquela. Não significa que não lutei (e luto) para ser alguém melhor, uma pessoa melhor. Mas nunca me apliquei na arte de dissimular. Não tenho paciência, nem talento. Nem é preguiça, sabe? É que o que sou e como sou, minha essência, é tão forte que não há como mantê-la sufocada por muito tempo.
Curiosamente, mesmo sendo tão óbvia e transparente, não é incomum terem de mim impressões primeiras equivocadas. A mais comum é que sou alguém que está sempre de bom humor, otimista, que é sempre engraçada (garantia de diversão), que estou sempre "de boa". Esses são os enganos mais frequentes: tomar o todo pela parte ou querer crer que alguém assim existe de fato.
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Um gato não abana o rabo pra qualquer desconhecido. Um gato, geralmente se esconde, é arredio e busca locais em que possa observar bem. Um gato não deixa alguém se aproximar, caso não queira. Um gato não vem para seu colo só porque foi chamado, só porque há oportunidade (mesmo que você ofereça comida). Um gato é para mim o símbolo do respeito à própria essência. Tem gente que não curte. Eu amo e valorizo.
Sabe por que? Quando um gato se aproxima, deixa você fazer carinho, quando um gato pula no seu colo e se aninha, tenha uma certeza: são gestos autênticos, genuínos, verdadeiros.
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Resumindo: coerência. Voltamos ao início.
Coerência é fazer de acordo com o que se diz e assumir isso. Assumir para si principalmente.
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Incoerentes...gatos e eu queremos distância.