
... para assistir coisa boa.
Eu estou com uma safra considerável de filmes em atraso.
E numa dessas, fiquei privada do prazer que foi assistir Juno.
É o hoje, é o jovem, é a razão, o preconceito, é a visão adiante, é o feminino. Isso me chamou a atenção: achei o filme todo muito feminino. Até a postura do namorado da protagonista é uma postura passiva, submissa, que tange o feminino.
O filme também me sugeriu que a juventude e a imaturidade só são toleráveis nos jovens de fato. Não dá para ter 40 e fingir (mesmo que bem) que tem 17. A vida e os sonhos (inclusive os frustrados) devem ser repensados e é preciso sair da posição de filho (dos pais, o parceiro) e ser pai, mãe. caso contrário, não será pai nem mãe, nem mesmo parindo um bebê.
Achei muito simbólica a cena em que o futuro pai adotivo mostra a Juno um quarto onde sua esposa depositou todas as coisas deles. São caixas, troféus e guitarras de sua juventude. Entulhos adolescentes sem espaço numa relaçao adulta, que tem que ser encaixotados meio que à força por essa esposa que quer um homem maduro, um parceiro e não um garoto sonhador (no mau sentido). Não havia espaço nesse homem preso à sua adolescência para receber um filho, que demanda sua saída desse estado egocêntrico e megalomaníaco (sonho de ser rock star...)
Filme delicioso, elenco irretocável. Pra ver e pensar durante a semana.
OBS: logo no ppp da NET e já nas locadoras.
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