domingo, 14 de dezembro de 2008

Céu nublado...


... anuncia a chuva há dias.
Este vento meio frio tem insistido ultimamente nos finais de tarde.
E a noite tem se anunciado sempre com esta espécie de choro, de ladainha.
Estes tempos que tenho vivido, desde que você se foi, têm sido estranhos. E chover ganhou outro significado.
É como se a natureza traduzisse nosso coração, nossa mente.
A memória é impressionante. Ainda me lembro do seu cheiro e da sensação de sua pele, do seu cabelo. Também me lembro da última vez que olhou em meus olhos e me pergunto até hoje se sabia, de fato, quem eu era. Um dia saberei a resposta, mas já não terá mais importância.
Essa semana fará um ano desde a última vez que nos vimos. Desde então creio que talvez tenha me visto, mas isso é algo impossível para mim de onde estou. Faz muita falta te ver ou ao menos saber que "está lá".
Dizem que o tempo faz tudo passar. Descobri que há uma exceção: a ausência daqueles que amamos. Ela nunca diminui, nunca passa. Seu espaço e profundidade parecem aumentar com o tempo.
Talvez um dia eu me torne mais velha que você.
Talvez um dia minha saudade se torne uma velha amiga.
Por enquanto, recém apresentadas que somos, temos brigado quase todos os dias...

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