
Hoje foi aniversário de meu avô.
Apesar da festinha, a cara dele me passa a impressão de quem ficou um dia mais do que queria.
A casa, embora pequena, parece maior agora.
A ausência sentida tem esse efeito. Torna tudo maior, mais profundo, mais absurdo.
A realidade parece insólita. Tudo muito estranho, denso.
Tudo isso porque minha avó não está mais aqui.
É mesmo verdade a frase que conheci outro dia (de Mia Couto): o morto amado nunca mais pára de morrer.
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