terça-feira, 24 de março de 2009

Violência na sala de aula

Desta vez foi em Porto Alegre.
Uma adolescente, em briga com uma professora, partiu para agressão física.
Resultado: a professora está internada, em estado grave, na UTI.
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Coincidentemente, ainda hoje, em uma Faculdade passei por uma situação violenta também.
Uma garota abriu abruptamente a porta de minha sala, buscando pelo proprietário de um carro (que estaria bloqueando o seu no estacionamento).
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Ao receber uma resposta engraçadinha de um aluno da sala (aliás, nada como o humor contra a violência!), negando ser dono do carro, enfureceu-se e bateu a porta com grande estrondo. Depois soube que ela fez o mesmo em outras salas, completamete descompensada.
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Não admito este tipode atitude num ambiente de ensino, lugar da razão. Não admito espaço para a bestialidade, para a grosseira. E mesmo sabendo ser em vão, deixei a sala atrás da garota. Indaguei seu nome, seu curso e ela me disse que não era da minha conta (Ainda vou descobrir, pois quero registrar sua atitude para o coordenador de seu curso).
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Bom, resumindo, ela foi parar na sala do diretor financeiro da instituição, que sem meias palavras a colocou em "seu lugar". Condenou energicamente sua atitude.
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A violência, a agressividade, a falta de limites, tudo isso tem aumentado nas salas de aulas. Escolas refletem sociedades. Somos uma sociedade violenta, agressiva, indelicada. Quando nos deparamos com uma pessoas que nos remete o meio em que estamos, sempre nos chocamos. Porque é isso que um professor busca mudar. Ele luta para ser melhor e tornar o outro alguém melhor. Muitos dizem ser uma luta inglória, perdida. Eu não me conforme e acho que impor limites para o jovem é sempre preciso num ambiente de ensino.
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Se a moça me agredisse no trânsito ou em qualquer outro local eu deixaria passar. Mas num ambiente que julgo sagrado, espaço de transformação e formação humana, não poderia omitir-me.
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Se nos omitimos, amanhã será a agressão física e um desfecho como o de Porto Alegre. E não poderemos mais dizer nada...

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